sexta-feira, 22 de maio de 2009

I've always loved you ...


"Don't you know I've always loved you
Even before there was time
Though you turn away
I tell you still
Don't you know I've always loved you
And I always will"
( Third day - I've always loved you)
Eu penso em tds as vezes em que eu tive a escolha de confiar em Ti, de crer na Sua Palavra, em todas as vezes em que eu afundei por olhar a furia do mar... mas ainda sim, mesmo as águas sendo numerosas não puderam apagar o Seu Amor, muito menos os rios puderam afogá-lo, nem toda fazenda pode comprá-lo ... porque tudo que possam a vir me oferecer em troca do Seu Amor eu desprezarei ...
E eu tenho desprezado...
ao Mundo...
ao meu eu...
Por que nada pode ser comparado a Ti !!
Nada se compara a Tua Vontade!
Nada se compara aos Teus planos!!
Meu Senhor e Rei!!
Deus da minha Salvação que transforma meu lamento em baile e me unge com o óleo da Alegria!
Em Ti esperarei!

domingo, 10 de maio de 2009

Esforço...

Não é engraçado como a sua mente é inundada por uma série de pensamentos e atitudes que vc "deveria" tomar, e, não necessariamente resultarão...ou melhor NÃO resultarão no melhor para você?
Todo dia , em algum momento eu me deparo com esta "guerra", uma guerra entre dois mundos... a minha mente, com os meus desejos e sentimentos de autocomiseração, e o meu espírito, me dizendo para ser forte e não ceder, não desistir...
O que é muito interessante...penso q interessante dá as minhas palavras uma idéia de instigação...mas na realidade eu estou mesmo é maravilhada...Maravilhada com Deus... E a maneira como Ele costura os meus pensamentos e me atrai ao centro da Sua Vontade...
Ao final de uma bateria de bombardeios mentais, eu me deparo com essa frase:
"O cúmulo da tolice é desistir do melhor pelo simples fato de que para alcançá-lo é preciso mais esforço".
Não tenho idéia de quem escreveu...Não é necessário... O que realmente importa é o conteúdo das palavras...
O versículo que Deus me direcionou a escolher para o ano de 2009 fala exatamente sobre isso...Não desistir diante da Conquista, é preciso só mais um esforço...Força... Você não está sozinha...Nunca esteve...
" Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes;porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares."
Josué 1:9
Atacada pelas palavras ...
Salva pela Palavra!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Romeu e Julieta ...



"Só ri das cicatrizes quem ferida nunca sofreu no corpo." (William Shakespeare)



Jardim de Capuleto. Entra Romeu.


(...)

JULIETA - Com quem tomaste informações para até aqui chegares?


ROMEU - Com o amor, que a inquirir me deu coragem;. deu-me conselhos e eu lhe emprestei olhos. Não sou piloto; mas se te encontrasses tão longe quanto a praia mais extensa que o mar longínquo banha, aventurara-me para obter tão preciosa mercancia.


JULIETA - Sabe-lo bem: a máscara da noite me cobre agora o rosto; do contrário, um rubor virginal me pintaria, de pronto, as faces, pelo que me ouviste dizer neste momento. Desejara - oh! minto! - retratar-me do que disse. Mas fora! fora com as formalidades! Amas-me? Sei que vais dizer-me "sim", e creio no que dizes. Se o jurares, porém, talvez te mostres inconstante, pois dos perjúrios dos amantes, dizem, Jove sorri. Ó meu gentil Romeu! Se amas, proclama-o com sinceridade; ou se pensas, acaso, que foi fácil minha conquista, vou tornar-me ríspida, franzir o sobrecenho e dizer "não", porque me faças novamente a corte. Se não, por nada, nada deste mundo. Belo Montecchio, é certo: estou perdida, louca de amor; daí poder pensares que meu procedimento é assaz leviano; mas podeis crer-me, cavalheiro, que hei de mais fiel mostrar-me do que quantas têm bastante astúcia para serem cautas. Poderia ter sido mais prudente, preciso confessá-lo, se não fosse teres ouvido sem que eu percebesse, minha veraz paixão.
Assim, perdoa-me, não imputando à leviandade, nunca, meu abandono pronto, descoberto tão facilmente pela noite escura.


ROMEU - Senhora, juro pela santa lua que acairela de prata as belas frondes de todas estas árvores frutíferas...


JULIETA - Não jures pela lua, essa inconstante, que seu contorno circular altera todos os meses, porque não pareça que teu amor, também, é assim mudável.

ROMEU - Por que devo jurar?


JULIETA - Não jures nada, ou jura, se o quiseres, por ti mesmo, por tua nobre pessoa, que é o objeto de minha idolatria. Assim, te creio.

ROMEU - Se o amor sincero deste coração...

JULIETA - Pára! não jures; muito embora sejas toda minha alegria, não me alegra a aliança desta noite; irrefletida foi por demais, precipitada, súbita, tal qual como o relâmpago que deixa de existir antes que dizer possamos: Ei-lo! brilhou! Boa noite, meu querido. Que o hálito do estio amadureça este botão de amor, porque ele possa numa flor transformar-se delicada, quando outra vez nos virmos. Até à vista; boa noite. Possas ter a mesma calma que neste instante se me apossa da alma.

ROMEU - Vais deixar-me sair mal satisfeito?

JULIETA - Que alegria querias esta noite?

ROMEU - Trocar contigo o voto fiel de amor.

JULIETA - Antes que mo pedisses, já to dera; mas desejara ter de dá-lo ainda.

ROMEU - Desejas retirá-lo? Com que intuito, querido amor?

JULIETA - Porque, mais generosa, de novo to ofertasse. No entretanto, não quero nada, afora o que possuo. Minha bondade é como o mar: sem fim, e tão funda quanto ele. Posso dar-te sem medida, que muito mais me sobra: ambos são infinitos.
(A ama chama dentro.)
Ouço bulha dentro de casa. Adeus, amor! Adeus! - Ama, vou já! - Sê fiel, doce Montecchio. Espera um momentinho; volto logo.
(Retira-se da janela.)

ROMEU - Oh! que noite abençoada! Tenho medo, de um sonho, lisonjeiro em demasia para ser
realidade.
(Julieta torna a aparecer em cima.)

JULIETA - Romeu querido, só três palavrinhas, e boa noite outra vez. Se esse amoroso pendor for sério e honesto, amanhã cedo me envia uma palavra pelo próprio que eu te mandar: em que lugar e quando pretendes realizar a cerimônia, que a teus pés deporei minha ventura, para seguir-te pelo mundo todo como a senhor e esposo.

AMA (dentro) - Senhorita!

JULIETA - Já vou! Já vou! - Porém se não for puro teu pensamento, peço-te...

AMA (dentro) - Menina!

JULIETA - Já vou! Neste momento! - ... que não sigas com tuas insistências e me deixes entregue à minha dor. Amanhã cedo te mandarei recado por um próprio.

ROMEU - Por minha alma...

JULIETA - Boa noite vezes mil.
(Retira-se.)

ROMEU - Não, má noite, sem tua luz gentil. O amor procura o amor como o estudante que para a escola corre: num instante. Mas, ao se afastar dele, o amor parece que se transforma em colegial refece.
(Faz menção de retirar-se.)
(Julieta torna a aparecer em cima.)

JULIETA - Psiu! Romeu, psiu! Oh! quem me dera o grito do falcoeiro, porque chamar pudesse esse nobre gavião! O cativeiro tem voz rouca; não pode falar alto, senão eu forçaria a gruta de Eco, deixando ainda mais rouca do que a minha sua voz aérea, à força de cem vezes o nome repetir do meu Romeu.

ROMEU - Minha alma é que me chama pelo nome. Que doce som de prata faz a língua dos amantes à noite, tal qual música langorosa que ouvido atento escuta?

JULIETA - Romeu!

ROMEU - Minha querida?

JULIETA - A que horas, cedo, devo mandar alguém para falar-te?

ROMEU - Às nove horas.

JULIETA - Sem falta. Só parece que até lá são vinte anos. Esqueci-me do que tinha a dizer.

ROMEU - Deixa que eu fique parado aqui, até que te recordes.

JULIETA - Esquecê-lo-ia, só para que sempre ficasses ai parado, recordando-me de como adoro

tua companhia.

ROMEU - E eu ficaria, para que esquecesses, deixando de lembrar-me de outra casa que não fosse esta aqui.

JULIETA - É quase dia; desejara que já tivesses ido, não mais longe, porém, do que travessa menina deixa o meigo passarinho, que das mãos ela solta - tal qual pobre prisioneiro na corda bem torcida - para logo puxá-lo novamente pelo fio de seda, tão ciumenta e amorosa é de sua liberdade.

ROMEU - Quisera ser teu passarinho.

JULIETA - O mesmo, querido, eu desejara; mas de tanto te acariciar, podia, até, matar-te. Adeus; calca-me a dor com tanto afã, que boa-noite eu diria até amanhã.

ROMEU - Que aos teus olhos o sono baixe e ao peito. Fosse eu o sono e dormisse desse jeito! Vou procurar meu pai espiritual, para um conselho lhe pedir leal.
(Sai.)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

The Red Shoes ...

(...)

At the church door stood an old crippled soldier leaning on a crutch; he had a wonderfully long beard, more red than white, and he bowed down to the ground and asked the old lady whether he might wipe her shoes. Then Karen put out her little foot too. “Dear me, what pretty dancing-shoes!” said the soldier. “Sit fast, when you dance,” said he, addressing the shoes, and slapping the soles with his hand.

(...)



by
Hans Christian Andersen
(1845)